Edição Nº.1 – MAIO 2025 – The Bard News https://thebardnews.com Jornal de Arte, Literatura e Cultura Sat, 10 May 2025 01:18:13 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.1 https://thebardnews.com/wp-content/uploads/2025/01/cropped-the-bard-000-3-32x32.png Edição Nº.1 – MAIO 2025 – The Bard News https://thebardnews.com 32 32 Vozes silenciadas emergem https://thebardnews.com/vozes-silenciadas-emergem/ https://thebardnews.com/vozes-silenciadas-emergem/#respond Fri, 09 May 2025 13:01:53 +0000 https://thebardnews.com/?p=1930 IMAGEM GERADA POR IA “usando DALL-E, sob a direção de J.B Wolf, Criada em 25/02/2025″ Em um movimento global sem

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IMAGEM GERADA POR IA “usando DALL-E, sob a direção de J.B Wolf, Criada em 25/02/2025″

Em um movimento global sem precedentes, historiadores, acadêmicos e comunidades marginalizadas estão unindo forças para descolonizar a história, questionando séculos de narrativas eurocêntricas e trazendo à luz perspectivas há muito ignoradas. Este esforço coletivo não apenas está revelando histórias esquecidas, mas também está reformulando fundamentalmente nossa compreensão do passado e seu impacto no presente.

Explorar a história sob múltiplas lentes torna-se crucial no esforço por narrativas mais inclusivas. Este tema busca descolonizar o registro histórico, destacando vozes e perspectivas frequentemente marginalizadas na historiografia tradicional. Trata-se de recontextualizar interpretações tradicionais com novos achados e opiniões de povos indígenas e comunidades subrepresentadas, oferecendo uma visão equitativa e compreensiva. A pesquisa sugere rumos para a cooperação internacional e sustentação de políticas históricamente informadas no futuro. Essa reavaliação conserva integridade ao passado e proporciona um espaço mais justo na formação das narrativas que moldam a noção de cultura e identidade a nível global.

A Revolução Epistemológica na Historiografia

A descolonização da história representa uma revolução epistemológica fundamental na forma como abordamos e entendemos o passado. Este processo desafia as estruturas de conhecimento estabelecidas e questiona as premissas básicas sobre as quais a historiografia tradicional foi construída. Não se trata apenas de adicionar novas vozes à narrativa existente, mas de repensar completamente como construímos e interpretamos o conhecimento histórico.

Esta revolução está ocorrendo em múltiplas frentes. Nas universidades, currículos estão sendo revisados para incluir perspectivas não-ocidentais e metodologias alternativas de pesquisa histórica. O interesse por histórias orais, arqueologia comunitária e estudos interdisciplinares que integram conhecimentos indígenas está crescendo significativamente. Estas abordagens não apenas enriquecem nossa compreensão do passado,mas também desafiam a noção de uma única narrativa histórica “verdadeira”.

Ao mesmo tempo, comunidades indígenas e grupos marginalizados estão assumindo um papel ativo na narração de suas próprias histórias. Tradições orais, que foram por muito tempo descartadas como “mitos”, estão agora sendo reconhecidas como fontes valiosas de conhecimento histórico. Este reconhecimento não apenas valida experiências históricas diversas, mas também oferece insights únicos sobre eventos passados que podem ter sido mal interpretados ou ignorados pelos registros coloniais.

A tecnologia também está desempenhando um papel crucial nesta revolução. Plataformas digitais estão democratizando o acesso à informação histórica e permitindo que comunidades compartilhem suas histórias diretamente com um público global. Ferramentas como realidade virtual e aumentada estão nos permitindo reconstruir e experimentar histórias de maneiras que eram impossíveis antes. Isso não apenas torna a história mais acessível, mas também mais envolvente para as novas gerações.

A descolonização da história está levando a uma reavaliação profunda de como entendemos as civilizações antigas e modernas. Narrativas tradicionais que frequentemente retratavam sociedades não-ocidentais como “primitivas” ou “subdesenvolvidas” estão sendo desafiadas por evidências arqueológicas e históricas que revelam complexidades antes ignoradas.

Recontextualizando as Civilizações Antigas e Modernas

Novas descobertas estão constantemente revelando a sofisticação das antigas civilizações africanas. Por exemplo, recentes escavações no antigo reino de Kush mostram sistemas de irrigação e técnicas metalúrgicas que rivalizavam com qualquer coisa na Europa antiga. Estas descobertas não apenas enriquecem nossa compreensão do passado africano, mas também desafiam noções eurocêntricas de progresso e desenvolvimento.

Similarmente, a reavaliação das civilizações pré-colombianas nas Américas está revelando realizações surpreendentes. Os avanços astronômicos e matemáticos dos Maias, por exemplo, eram mais precisos do que os de seus contemporâneos europeus. Estamos apenas começando a apreciar a profundidade de seu conhecimento.

Esta recontextualização não se limita às civilizações antigas. O período colonial e suas consequências estão sendo reavaliados sob uma luz mais crítica. É crucial examinar como o colonialismo não apenas impactou as sociedades colonizadas, mas também moldou profundamente as próprias nações colonizadoras. Esta história interconectada é essencial para entender as dinâmicas globais atuais.

A descolonização da história também está lançando nova luz sobre as formas de resistência e adaptação das sociedades colonizadas. As narrativas de resistência e resiliência são tão importantes quanto as histórias de opressão. Elas nos mostram a agência e a criatividade das comunidades face à dominação colonial.

As implicações da descolonização da história vão muito além da academia, afetando profundamente como ensinamos história nas escolas, como formulamos políticas públicas e como entendemos nossa identidade cultural. Currículos escolares estão sendo redesenhados para oferecer uma visão mais equilibrada e global da história. Isso não é apenas sobre correção histórica, mas sobre preparar os estudantes para um mundo cada vez mais interconectado.

No campo da pesquisa, novas metodologias estão emergindo que enfatizam a colaboração e o respeito mútuo entre pesquisadores e comunidades. Há um aumento em projetos de pesquisa participativa, onde comunidades locais são parceiras ativas no processo de investigação histórica, não apenas sujeitos de estudo.

Estas mudanças na pesquisa e educação têm implicações significativas para a formulação de políticas. Uma compreensão mais nuançada da história colonial pode informar políticas mais equitativas de reparação e reconciliação. Isso é particularmente relevante em discussões sobre restituição de artefatos culturais, reparações por injustiças históricas e políticas de inclusão cultural.

No entanto, o processo de descolonização da história não é sem controvérsias. Críticos argumentam que pode levar a uma relativização excessiva da verdade histórica. Devemos ter cuidado para não substituir uma narrativa simplista por outra. O objetivo deve ser uma compreensão mais rica e nuançada do passado, não uma inversão de hierarquias.

Apesar dos desafios, o movimento para descolonizar a história continua a ganhar força, prometendo uma compreensão mais inclusiva e equitativa do passado humano. Este é um momento transformador na historiografia. Estamos não apenas reescrevendo livros de história, mas redefinindo o que significa estudar e entender o passado. O resultado será uma narrativa histórica mais rica, mais complexa e, ultimamente, mais verdadeira.

Por The Bard News, Redação

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Brasil e o Mundo: o que os hábitos de leitura revelam sobre a nossa relação com os livros https://thebardnews.com/brasil-e-o-mundo-o-que-os-habitos-de-leitura-revelam-sobre-a-nossa-relacao-com-os-livros/ https://thebardnews.com/brasil-e-o-mundo-o-que-os-habitos-de-leitura-revelam-sobre-a-nossa-relacao-com-os-livros/#respond Wed, 07 May 2025 14:31:41 +0000 https://thebardnews.com/?p=1922 A leitura tem o poder de transformar. Abre portas, estimula a criatividade, amplia a visão de mundo. Mas você já

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A leitura tem o poder de transformar. Abre portas, estimula a criatividade, amplia a visão de mundo. Mas você já parou para pensar como nós, brasileiros, nos relacionamos com os livros em comparação com outros países? O que lemos — ou deixamos de ler — diz muito sobre quem somos como sociedade.E esse é um retrato que vale a pena observar mais de perto.

A arte de ler
IMAGEM GERADA POR IA “usando FLUX PRO, sob a direção de J.B Wolf, Criada em 26/03/2025″

 

O Brasil e seus desafios com a leitura

Por aqui, ainda estamos engatinhando. De acordo com a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil (2019), apenas metade da população é considerada leitora — ou seja, leu pelo menos um livro nos últimos três meses.A média? Cerca de 5 livros por ano, sendo que pouco mais de 2 são lidos do início ao fim.

Os motivos? Falta de tempo, desinteresse e, muitas vezes, uma infância sem o hábito de leitura. Em um país onde tantas famílias lutam por questões básicas, o livro ainda é visto, para muitos, como um luxo — e não como uma necessidade.

E nossos vizinhos?

Na América do Sul, o cenário varia. A Argentina,por exemplo,tem uma forte tradição literária. Lá, os leitores chegam a uma média de 5,4 livros por ano. No Chile, são 5,3 — ambos com números ligeiramente superiores aos nossos. O incentivo à leitura desde a infância faz a diferença,assim como o acesso mais estruturado à cultura.

“A leitura transforma. Enquanto brasileiros leem em média 5 livros por ano, países como Finlândia atingem 16. Investir em livros é investir em educação, cultura e no futuro de uma nação.”

 

O velho continente e seus livros

Quando olhamos para a Europa, o salto é visível. Leitura por lá é mais do que hábito — é cultura. Os franceses leem, em média, 8,4 livros por ano. Na Alemanha, esse número sobe para 9,6. E na Finlândia, um caso à parte: são 16 livros por ano por pessoa! Não é à toa que os países nórdicos estão entre os mais desenvolvidos do mundo. Educação e leitura caminham lado a lado.

 

E os Estados Unidos?

Os americanos também têm um bom histórico com os livros.Cerca de 72% dos adultos afirmam ter lido pelo menos um livro no último ano, e a média anual chega a 12 livros por pessoa. O que ajuda? O fácil acesso a bibliotecas,programas de incentivo e uma cultura forte de clubes de leitura.

 

Por que essas diferenças?

Tudo começa cedo. Nos países com altos índices de leitura, a infância é recheada de histórias, bibliotecas acessíveis e pais leitores. Além disso, fatores como escolaridade, renda, acesso a livros e o valor dado à cultura impactam diretamente esse cenário.

No Brasil, ainda há muito a ser feito. Mas há também muitos projetos incríveis, autores apaixonados e leitores que resistem. E isso dá esperança.

 

O que podemos aprender com tudo isso?

Comparar realidades não é sobre competição, mas sobre inspiração. Observar o que funciona em outros lugares pode ser o primeiro passo para criarmos políticas públicas mais eficientes, espaços de leitura mais acessíveis e uma cultura que valorize, de verdade, o livro.

Afinal, quanto mais gente lê, mais crítica, criativa e conectada com o mundo essa gente se torna.

Por J.B WOLF

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Paul Auster: O Arquiteto de Labirintos Literários https://thebardnews.com/paul-auster-o-arquiteto-de-labirintos-literarios/ https://thebardnews.com/paul-auster-o-arquiteto-de-labirintos-literarios/#respond Wed, 07 May 2025 14:09:40 +0000 https://thebardnews.com/?p=1917 “Mergulhe no universo enigmático de Paul Auster, o mestre dos labirintos literários. Descubra como este autor revolucionou a ficção contemporânea,

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“Mergulhe no universo enigmático de Paul Auster, o mestre dos labirintos literários. Descubra como este autor revolucionou a ficção contemporânea, desafiando convenções e explorando as profundezas da identidade humana. Uma jornada imperdível pela mente de um gênio literário!”

IMAGEM GERADA POR IA “usando FLUX PRO, sob a direção de J.B Wolf, Criada em 28/02/2025″

 

No panteão da literatura contemporânea americana, poucos nomes brilham com a intensidade e a complexidade de Paul Auster. Nascido em Newark, Nova Jersey, em 1947, Auster emergiu como uma voz singular no panorama literário, tecendo narrativas que desafiam as convenções e exploram as profundezas da identidade humana.

Dr. James Wood, crítico literário do The New Yorker, observa: “Auster é um mestre em criar universos onde o acaso e o destino dançam em uma coreografia intrincada, deixando o leitor em um estado de constante questionamento.”

A jornada literária de Auster começou cedo. Aos 12 anos, após a morte de um jovem colega atingido por um raio, ele teve uma epifania sobre a fragilidade da vida que moldaria profundamente sua escrita. “Aquele momento cristalizou para mim a arbitrariedade da existência”, Auster revelou em uma entrevista à Paris Review.

Após se formar na Universidade de Columbia em 1970, Auster passou vários anos na França, traduzindo poesia francesa e desenvolvendo sua própria voz poética. A Dra. Lori Jakiela, professora de escrita criativa na Universidade de Pittsburgh, comenta: “Os anos de Auster na França foram cruciais. Ele absorveu a tradição literária europeia, que mais tarde fundiria com o estilo americano de forma única.”

O grande salto de Auster para a ficção veio com a publicação da “Trilogia de Nova York” (1985-1986). Esta série de romances noir metafísicos – “Cidade de Vidro”, “Fantasmas” e “O Quarto Fechado” – estabeleceu Auster como um narrador inovador, misturando elementos de detetive com profundas explorações filosóficas.

“A ‘Trilogia de Nova York’ redefiniu as possibilidades do romance pós-moderno”, afirma o Dr. Steven Alford, professor de Humanidades na Nova Southeastern University. “Auster brinca com a identidade, a autoria e a própria natureza da realidade de maneiras que ainda ressoam na literatura contemporânea.”

Ao longo de sua carreira, Auster continuou a surpreender e desafiar os leitores com obras como “Leviatã” (1992), “O Livro das Ilusões” (2002) e “4 3 2 1” (2017). Cada romance é uma exploração de temas recorrentes em sua obra: o papel do acaso na vida, a fluidez da identidade e a relação entre realidade e ficção.

A escrita de Auster não se limita à ficção. Suas memórias, como “A Invenção da Solidão” (1982) e “Diário de Inverno” (2012), oferecem vislumbres íntimos de sua vida e processo criativo. “Nestas obras, Auster revela a tênue linha entre autobiografia e ficção”, observa a Dra. Aliki Varvogli, autora de “The World that is the Book: Paul Auster’s Fiction”.

O estilo de Auster é caracterizado por uma prosa límpida e precisa, que contrasta com as complexidades narrativas de suas histórias. “Há uma tensão fascinante entre a clareza de sua linguagem e a ambiguidade de suas tramas”, diz o Dr. Alford.

Além de romances e memórias, Auster também se aventurou no cinema, dirigindo filmes como “Smoke” (1995) e “Blue in the Face” (1995). Estas experiências cinematográficas influenciaram sua escrita, trazendo um elemento visual mais pronunciado para seus trabalhos posteriores.

A influência de Auster na literatura contemporânea é inegável. Escritores como Haruki Murakami e David Mitchell citam Auster como uma inspiração. “Auster abriu novas possibilidades narrativas que influenciaram uma geração inteira de escritores”, afirma a Dra. Jakiela.

Apesar de sua reputação como um autor “difícil”, os livros de Auster continuam a cativar leitores em todo o mundo. Suas obras foram traduzidas para mais de quarenta línguas, um testemunho de seu apelo universal.

À medida que Paul Auster continua a produzir obras que desafiam e encantam, seu lugar no cânone da literatura americana moderna está assegurado. Seus livros são mais do que histórias; são explorações da condição humana, convites para questionar nossas próprias narrativas e a natureza da realidade que nos cerca.

Como o próprio Auster uma vez disse: “A história não está nos fatos, mas na ressonância que esses fatos criam dentro de nós.” É nessa ressonância que reside o verdadeiro poder de sua escrita, ecoando muito além das páginas de seus livros.

Por THE BARD NEWS, REDAÇÃO

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Entre Likes e Realidades https://thebardnews.com/entre-likes-e-realidades/ https://thebardnews.com/entre-likes-e-realidades/#respond Wed, 07 May 2025 03:08:53 +0000 https://thebardnews.com/?p=1913 “A Falsa Autenticidade Digital e o Impacto na Vida Real” Quando a busca por validação digital gera comportamentos artificiais e

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“A Falsa Autenticidade Digital e o Impacto na Vida Real”

Quando a busca por validação digital gera comportamentos artificiais e afasta conexões genuínas

Vivemos em tempos onde “autenticidade” se tornou uma palavra de ordem nas redes sociais. Influenciadores e usuários comuns exaltam a importância de ser verdadeiro online, mas um paradoxo salta aos olhos: na tentativa de parecerem autênticos, muitos acabam fabricando cuidadosamente uma versão de si mesmos. O resultado? Perfis que mostram uma espontaneidade ensaiada e uma vulnerabilidade calculada, afastando-os da verdadeira conexão humana.

Essa contradição nos leva a uma pergunta crucial: é possível ser genuíno em um ambiente que recompensa o visualmente perfeito, o emocionalmente impactante e o estrategicamente planejado? Para responder, precisamos compreender o que impulsiona essa “falsa performance de autenticidade” e os impactos que ela gera.

 

A Performance de Autenticidade nas Redes

Quando surgiram, as redes sociais prometiam conectar pessoas, aproximando vidas e experiências reais. Essa promessa, no entanto, encontrou um obstáculo: a validação digital. Likes, comentários e seguidores rapidamente se tornaram termômetros de aceitação social. Para alcançar essa aprovação, muitos passaram a moldar seus conteúdos mais para agradar os outros do que para expressar quem realmente são.

Essa dinâmica é evidente em feeds impecavelmente organizados, fotos “casuais” que levam horas para serem capturadas, e até mesmo relatos de vulnerabilidade que, ainda que sinceros, seguem padrões que os tornam mais “consumíveis”. Esse esforço para agradar uma audiência invisível transforma o que deveria ser um espaço de expressão livre em um palco de performances cuidadosamente roteirizadas.

 

Impactos Psicológicos: Entre a Ansiedade e a Desconexão

A busca por validação instantânea e constante nas redes sociais não ocorre sem custos emocionais.Quem cria o conteúdo sente o peso de sustentar uma imagem idealizada, enquanto quem consome enfrenta a constante comparação com vidas aparentemente perfeitas.

A Crise de Identidade: Muitas pessoas encontram dificuldade em separar quem realmente são da persona que projetam online. Esse desalinhamento gera ansiedade e até mesmo crises existenciais, enquanto tentam equilibrar expectativas externas com suas próprias verdades.

Comparação Social: Ao consumir conteúdos “autênticos” fabricados, os usuários se sentem pressionados a atingir padrões inalcançáveis, alimentando sentimentos de inadequação. Vidas editadas e cuidadosamente exibidas promovem uma ilusão de perfeição que aliena os indivíduos da realidade do “ser suficiente”.

Essa desconexão, além de impactar a saúde mental, prejudica a capacidade de formar conexões genuínas. Momentos autênticos tornam-se escassos em um ambiente onde tudo é filtrado e moldado para impressionar.

 

Por que Sustentamos Essas Personas?

Alguns fatores explicam por que tantas pessoas participam dessa dinâmica:

  1. Validação Instantânea: O sistema de recompensas das redes (likes, visualizações) incentiva comportamentos que maximizam engajamento.
  2. Pressão Social: Influenciadores e pares definem padrões de comportamento e estética que os usuários sentem necessidade de seguir.
  3. Construção de Identidade: Para muitos, as redes sociais são um palco para experimentar e ajustar a forma como são percebidos.
  4. Economia da Atenção: As plataformas digitais premiam o que atrai mais cliques, redefinindo o que é valorizado culturalmente.

 

Caminhos para Uma Vida Digital Mais Genuína

Embora pareça desafiador, é possível resgatar uma relação saudável com as redes sociais. Aqui estão algumas estratégias:

  1. Pratique a Consciência Digital: Pergunte- se antes de postar: “Estou compartilhando isso por mim ou para atender às expectativas dos outros?” Reconhecer as motivações por trás das ações é o primeiro passo para um uso mais autêntico.
  2. Rompa com a Perfeição Curada: Permita- se compartilhar momentos que não sejam calculados ou ensaiados. Um feed mais real aproxima você de conexões verdadeiras.
  3. Limite a Comparação Social: Reduza o consumo passivo de redes, lembrando-se de que o que é compartilhado online é apenas uma fração da realidade.
  4. Fortaleça Relações Offline: Invista em momentos longe das telas, onde a autenticidade surge naturalmente e sem filtros.

As redes sociais têm um impacto profundo no comportamento humano, mas ainda podem ser espaços de conexão genuína. Resgatar a autenticidade começa com o abandono da necessidade de “parecer verdadeiro” e a valorização do “ser verdadeiro” – com todas as imperfeições e vulnerabilidades que nos tornam humanos.

Ao refletir sobre o que postamos e por que postamos, damos um passo importante para criar uma internet menos tóxica e mais alinhada à nossa essência. Afinal, a verdadeira autenticidade não precisa de filtros, apenas da coragem de ser quem somos.

Por J.B WOLF

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A Polarização Ideológica na Literatura Contemporânea https://thebardnews.com/a-polarizacao-ideologica-na-literatura-contemporanea/ https://thebardnews.com/a-polarizacao-ideologica-na-literatura-contemporanea/#respond Tue, 06 May 2025 23:50:46 +0000 https://thebardnews.com/?p=1907 Quando as páginas se tornam palco de debates políticos IMAGEM GERADA POR IA “usando LEONARDO IA, sob a direção de

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Quando as páginas se tornam palco de debates políticos

IMAGEM GERADA POR IA “usando LEONARDO IA, sob a direção de J.B Wolf, Criada em 10/04/2025″

 

A literatura sempre teve um jeito especial de capturar o espírito do seu tempo. É como um espelho, refletindo as ansiedades, as conquistas e os conflitos que moldam a sociedade. Mas, ultimamente, algo novo tem acontecido. Os livros deixaram de ser apenas histórias ou reflexões profundas e começaram a virar bandeiras, instrumentos de uma batalha ideológica que divide leitores e críticos em lados opostos.

E isso nos faz pensar: a literatura ainda é um espaço de diálogo e imaginação, ou virou uma trincheira, onde tudo precisa se alinhar a um lado ou outro?

 

Literatura e Política: Um Casamento Antigo

Vamos combinar: política e literatura nunca foram estranhos. Desde sempre, escritores usaram suas palavras para desafiar o status quo, denunciar injustiças ou abrir nossos olhos para questões que preferimos ignorar. Quem lê 1984 e não sente o peso da crítica a regimes opressores? Ou Os Miseráveis, que escancara a desigualdade social com tanta força que dói?

Esses livros não apenas nos marcaram; eles mudaram conversas, inspiraram movimentos. Mas há uma diferença entre usar a literatura para explorar ideias e transformá-la num rótulo. E é isso que parece estar acontecendo agora.

Hoje, não importa se é um romance, uma poesia ou até um ensaio. Basta tocar em temas como gênero, racismo ou globalização, e pronto: vem o carimbo. “Progressista”, “conservador”, “lacração”, “retrógrado” — as etiquetas caem sobre as obras sem dó nem piedade.

O problema? Essa obsessão por encaixar tudo em um espectro político esmaga a complexidade. Reduz histórias ricas, cheias de camadas, a uma briga binária: “eles contra nós”.

E quem perde com isso? Todos nós. Porque deixamos de explorar nuances, de enxergar pontos de vista diferentes e, principalmente, de sermos desafiados pelas ideias.

 

A Crítica em Bolhas e os Leitores em Guetos

Se antes o debate literário era um convite à troca, agora virou uma arena. Críticos e leitores, influenciados pelas redes sociais, escolhem lados e defendem suas escolhas com unhas e dentes. É como se ler tivesse se tornado mais sobre reafirmar crenças do que descobrir algo novo.

As redes sociais, claro, amplificam isso.

Elas criam bolhas, onde só ouvimos o que já concordamos. Discussões ricas viram brigas rasas. E hashtags, que poderiam conectar pessoas, muitas vezes só aprofundam as divisões.

 

Resgatando o Poder Transformador da Literatura

Apesar de tudo, nem tudo está perdido. Há escritores que entendem o momento e se recusam a cair nessa armadilha. Eles escrevem histórias que mostram vários lados, que desafiam o leitor a pensar e a sentir coisas contraditórias. Porque a boa literatura faz isso: nos tira da zona de conforto.

E há também iniciativas incríveis, como clubes de leitura que promovem conversas abertas e programas culturais que avaliam os livros pela qualidade, não pela ideologia. Esses espaços resgatam algo essencial: a literatura como ponto de encontro, não de separação.

A literatura tem uma magia única. Ela nos leva a mundos que nunca imaginamos, mas também nos faz encarar o nosso mundo com outros olhos. É por isso que ela não pode ser reduzida a um “sim” ou “não”, “certo” ou “errado”.

Cabe a nós — leitores, escritores e críticos — resgatar esse poder. Recusar rótulos fáceis. Buscar o diálogo, mesmo nas diferenças. E lembrar que, no fim das contas, cada livro é uma tentativa de entender o que significa ser humano.

Então, da próxima vez que você abrir um livro, faça um favor a si mesmo: leia com a mente aberta. Porque a literatura não é sobre ganhar debates. É sobre contar histórias. E cada história merece ser ouvida.

 

Soluções para Resgatar a Literatura como Espaço de Diálogo

A polarização ideológica na literatura contemporânea é um desafio real, mas não é insuperável. Para mudar esse cenário, o primeiro passo é simples e essencial: abraçar a diversidade de perspectivas. A literatura precisa voltar a ser um espaço de questionamento, onde ideias podem ser exploradas sem medo de julgamentos precipitados.

Os escritores, por sua vez, têm o poder de liderar essa transformação. Ao invés de seguir fórmulas que reafirmam ideologias específicas, eles podem criar histórias que mergulhem nas nuances da experiência humana. O segredo está em abraçar a complexidade, revelando contradições e provocando reflexões. Quando uma narrativa desafia o leitor, ela se torna inesquecível.

Já os críticos e mediadores literários devem focar no que realmente importa: a qualidade da obra. Avaliar livros por sua profundidade artística, e não por alinhamentos políticos, é uma maneira de devolver à literatura seu papel de arte e não de instrumento de polarização.

E os leitores? Aqui está a chave: sair da zona de conforto. Descobrir autores novos, gêneros inesperados e perspectivas diferentes pode ser transformador. A leitura é uma oportunidade única de entender o mundo pelos olhos de outra pessoa.

Por fim, iniciativas como clubes de leitura inclusivos, oficinas criativas e eventos literários que incentivam o diálogo são fundamentais. A literatura, no fundo, é um elo — e pode voltar a ser o que une as pessoas, desde que a permitamos cumprir esse papel.

Por J.B WOLF

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A Escravidão Literária https://thebardnews.com/a-escravidao-literaria/ https://thebardnews.com/a-escravidao-literaria/#respond Tue, 06 May 2025 23:25:16 +0000 https://thebardnews.com/?p=1901 Quando a Arte é Vendida pelo Preço do Pertencimento IMAGEM GERADA POR IA “usando LEONARDO IA, sob a direção de

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Quando a Arte é Vendida pelo Preço do Pertencimento

IMAGEM GERADA POR IA “usando LEONARDO IA, sob a direção de J.B Wolf, Criada em 06/04/2025″

 

“O Preço da Validação Literária: Reflexão sobre o Crescimento de Academias e Antologias no Brasil”

“Literatura e Mercado: Quando o Preço do Pertenci- mento Supera o Valor da Criação Artística”

 

No Brasil, um fenômeno inquietante emerge no cenário literário: a transformação do desejo de reconhecimento em mercadoria lucrativa. Em um mercado onde medalhas, títulos e antologias proliferam, escritores e poetas são frequentemente levados a pagar altos valores em troca de validação. Por trás da promessa de pertencimento, esconde-se, em alguns casos, uma prática predatória que explora necessidades humanas profundas e fragiliza a verdadeira essência da literatura.

 

A Fama que Tem um Preço

As academias literárias, outrora reservadas a grandes expoentes das letras nacionais, agora surgem com uma frequência impressionante. Muitas dessas instituições cobram taxas para que escritores possam integrar seus quadros, oferecendo honrarias como “Comendador” ou

“Doutor Honoris Causa”. Embora seja legítimo que precisem de recursos para se manter, é essencial distinguir entre o custo justo de manutenção e práticas de exploração emocional. Manter uma academia literária, organizar eventos ou publicar antologias exige esforço, tempo e recursos financeiros. Taxas e contribuições são, portanto, necessárias para garantir a continuidade dessas iniciativas. No entanto, a linha tênue entre a manutenção ética e a exploração injusta é frequentemente cruzada, prejudicando tanto os escritores quanto a credibilidade das instituições.

 

A Realidade de Viver de Literatura

Viver de arte e literatura no Brasil é um desafio quase insuperável. A falta de incentivos, políticas públicas efetivas e recursos financeiros faz com que muitos talentos emergentes abandonem seus sonhos. O cenário literário, embora rico em criatividade, carece de estrutura que permita aos artistas sustentarem suas carreiras.

Nesse contexto, é compreensível que escritores busquem pertencer a grupos e participar de projetos que prometam visibilidade. No entanto, quando essas iniciativas são manipuladas de forma oportunista, acabam desmotivando aqueles que, já fragilizados pela falta de apoio, se veem sem alternativas.

 

Antologias e Academias: Entre o Valioso e o Questionável

As antologias literárias, por exemplo, são importantes ferramentas para divulgar novos talentos e promover a literatura. Existem antologistas e organizadores sérios, respeitados por seu trabalho criterioso e dedicação à arte. Essas iniciativas, quando bem estruturadas, oferecem aos escritores oportunidades reais de exposição e reconhecimento.

Da mesma forma, há academias literárias que desempenham um papel significativo na preservação da cultura e na valorização dos escritores. Esses espaços não apenas fomentam a criação artística, mas também fortalecem laços entre seus membros e o público.

No entanto, é preciso cautela. Quando antologias e academias priorizam o lucro acima da qualidade e da ética, reduzem a literatura a um comércio genérico, minando o verdadeiro propósito dessas iniciativas.

 

A Favor da Manutenção, Contra a Exploração

É essencial diferenciar manutenção de exploração. A manutenção de academias, antologias e outros projetos culturais é legítima e necessária. Nada no mundo é gratuito, e o trabalho artístico também exige recursos para se sustentar. Taxas justas são um meio de garantir que essas instituições continuem existindo e promovendo a arte.

O que se critica aqui é a exploração – quando escritores são levados a acreditar que seu valor depende exclusivamente de títulos, medalhas ou publicações adquiridas a qualquer custo. Essa lógica não apenas distorce a essência da criação literária, mas também exclui talentos que não podem arcar com essas despesas.

 

O Equilíbrio Necessário

A literatura é um espaço de liberdade, expressão e conexão humana. Para que continue cumprindo esse papel, é necessário equilíbrio. Escritores precisam valorizar sua arte e buscar por iniciativas que realmente contribuam para seu crescimento, sem ceder à pressão do consumo desenfreado.

Organizadores, por sua vez, devem adotar práticas transparentes e éticas, garantindo que as contribuições financeiras sejam revertidas em qualidade e reconhecimento autêntico. E a sociedade, enquanto público e apoiadora, precisa valorizar e reconhecer o papel transformador da literatura.

 

Literatura: Um Patrimônio que Precisa de Cuidados

Este artigo não é apenas uma crítica, mas um convite à reflexão. Que escritores, organizadores e leitores trabalhem juntos para construir um cenário literário mais justo e inclusivo. Que as antologias e academias sejam valorizadas não por seu preço, mas pela contribuição que oferecem à cultura e à arte.

A manutenção é fundamental, mas a exploração não pode ser tolerada. A literatura, afinal, não é apenas um produto; é o reflexo da alma de uma sociedade, um patrimônio que precisa ser cultivado com respeito, ética e paixão.

Por J.B WOLF

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A interseção da Arte e Tecnologia: experiências imersivas na era digital https://thebardnews.com/a-intersecao-da-arte-e-tecnologia-experiencias-imersivas-na-era-digital/ https://thebardnews.com/a-intersecao-da-arte-e-tecnologia-experiencias-imersivas-na-era-digital/#respond Tue, 06 May 2025 22:40:55 +0000 https://thebardnews.com/?p=1894 Beth Baltar COLUNISTA Professora Titular do Departamento de Ciência da Informação e do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação

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Beth Baltar

COLUNISTA

Professora Titular do Departamento de Ciência da Informação e do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade Federal da Paraíba. Doutora em Letras pela Universidade Federal da Paraí- ba. Pós-Doutora em Ciência da Informação pela Universidade de São Paulo. Líder do Grupo de Pesquisa: Leitura, Organização, Representação,Produção e Uso da Informação. Membro efetivo da Academia de Cordel do Vale do Paraíba, como pesquisadora da Liter- atura de Cordel.

@beth_baltar

 

“Quando a arte te abraça: A revolução das experiências imersivas”

IMAGEM GERADA POR IA “usando FLUX PRO, sob a direção de J.B Wolf, Criada em 01/04/2025″

 

Na contemporaneidade, com a evolução da tecnologia, as Artes possibilitam a transformação das formas de expressão e da interação humana. Desde os tempos mais remotos, o homem sempre demonstrou a necessidade de se expressar na arte, a exemplo das pinturas rupestres, da utilização do sangue animal e sementes para produzir tintas para suas pinturas. As tecnologias sempre fizeram parte da cultura humana, ao longo da sua história.

A arte e a tecnologia, na era moderna e com o avanço da inteligência artificial, têm promovido novas possibilidades criativas expandindo as fronteiras da expressão artística, numa possível interseção e consequentemente enriquecido o mundo das artes.

No campo artístico, a inteligência artificial permite uma convergência de ideias e criatividade humanas, desafiando e adaptando novas formas de criar e produzir arte, ampliando novos horizontes. Além disso, a sinergia entre homem, máquina e obras de arte gera expressões e experiências que ressignificam os limites de atuação de cada campo.

Os ambientes imersivos, aliados ou não às tecnologias interativas, a exemplo das “exposições imersivas”, uma vertente da arte digital contemporânea, vêm conquistando, cada vez mais, espaços e públicos reunidos a artistas numa intersecção entre arte, tecnologia e entretenimento. Artistas entendem cada vez mais de tecnologia e conjuntamente com profissionais de tecnologia criativos bebem nas fontes das artes para criarem seus produtos, trazendo ao público experiências sensoriais, luzes, sons, projeções de vídeos simultâneos e harmônicos, com o objetivo de envolver cada vez o visitante nestes espaços mais acessíveis e inclusivos de maneiras inovadoras e surpreendentes.

A tecnologia não democratizou, simplesmente, o acesso à criação artística, mas desafia a arte e pode levar os artistas a inovarem e públicos a apreciarem a beleza das criações tecnológicas a novos alcances criativos, conectados harmoniosamente na criação de obras artísticas que inspiram, provocam e encantam. É a revolução da arte digital!

 

A arte encontra a tecnologia: um novo jeito de sentir o mundo

Imagine entrar numa sala onde as paredes ganham vida, o chão responde aos seus passos e o som parece vir de dentro de você. Não se trata mais de apenas olhar para uma obra de arte — agora, você entra nela.

A fusão entre arte e tecnologia está transformando completamente a forma como criamos e vivenciamos o belo. É como se a imaginação humana tivesse, finalmente, encontrado ferramentas à altura para se expandir sem limites.

No centro dessa revolução estão as experiências imersivas. Projeções em 360o, realidade aumentada, sons que te cercam por todos os lados… Tudo isso te convida a deixar de ser espectador para virar parte da obra. Você não só observa: você sente, interage, cria junto.

E tem mais: a inteligência artificial virou parceira de muitos artistas. Com ela, surgem novas possibilidades — e também novos questionamentos. Quem assina uma obra feita a quatro mãos com uma máquina? O que ainda é “arte”? Essas perguntas nos tiram do automático e reacendem o debate sobre o que é, de fato, humano.

Outro ponto forte dessa transformação é a inclusão. Com tecnologia, mais pessoas podem acessar e viver a arte em profundidade, independentemente de suas limitações. A acessibilidade deixa de ser um extra e passa a ser parte essencial da experiência.

Estamos entrando numa nova era. Uma era em que a arte não se limita a quadros em paredes silenciosas, mas se espalha por espaços, telas e sentidos. Uma era onde criatividade e inovação andam de mãos dadas para nos lembrar que sentir — e se conectar — ainda é o que há de mais poderoso.

Por BETH BALTAR

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A Era da Distração: Como a Sociedade Está Perdendo o Foco https://thebardnews.com/a-era-da-distracao-como-a-sociedade-esta-perdendo-o-foco/ https://thebardnews.com/a-era-da-distracao-como-a-sociedade-esta-perdendo-o-foco/#respond Tue, 06 May 2025 18:59:42 +0000 https://thebardnews.com/?p=1881 IMAGEM GERADA POR IA “usando LEONARDO IA, sob a direção de J.B Wolf, Criada em 06/04/2025″   Investigando o impacto

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IMAGEM GERADA POR IA “usando LEONARDO IA, sob a direção de J.B Wolf, Criada em 06/04/2025″

 

Investigando o impacto das tecnologias digitais na atenção humana e nas relações interpessoais

A sociedade contemporânea enfrenta um desafio sem precedentes: a dispersão da atenção em meio à era digital. O avanço contínuo das tecnologias, amplamente acessíveis e onipresentes, alterou significativamente a forma como indivíduos se relacionam com o mundo. Neste cenário, a capacidade de concentração tornou-se um recurso escasso,impactando tanto a produtividade pessoal quanto a qualidade das relações interpessoais. Este artigo jornalístico explora, de maneira profunda e multifacetada, como o excesso de estímulos digitais vem moldando o comportamento humano e quais caminhos podem ser trilhados para resgatar o foco.

 

O Impacto das Tecnologias Digitais na Atenção Humana

O avanço acelerado das tecnologias digitais tem proporcionado acesso imediato a informações e entretenimento, mas também criou um ambiente saturado de estímulos. Pesquisas recentes do Instituto de Neurociência Aplicada revelam que 72% dos jovens possuem dificuldade em manter períodos prolongados de atenção sem recorrer a dispositivos eletrônicos. Essa realidade se traduz na fragmentação do tempo e na constante necessidade de novas fontes de estímulo, dificultando a capacidade de foco. Cada notificação, mensagem ou alerta sonoro compete pela atenção dos indivíduos, transformando o ato de se concentrar em um verdadeiro desafio no cotidiano.

A sensação de sobrecarga de informações gera uma profunda inquietação mental, evidenciada pela crescente taxa de distúrbios relacionados à atenção. “A exposição contínua a múltiplos estímulos digitais tem um impacto direto na neuroplasticidade, alterando a forma como o cérebro processa informações,” afirma o Dr. João Almeida, neurocientista da Universidade de São Paulo. Dados do Pew Research indicam que 64% dos usuários relatam dificuldades de manter o foco em atividades prolongadas devido à constante interrupção digital. Essa nova realidade palpita em meio a um cenário que demanda repensar as práticas de consumo e a cultura da informação.

 

Desconexão e Relações Interpessoais em Transformação

A erosão do foco individual tem profundo reflexo nas relações interpessoais. O excesso de informações e a constante imersão em mundos virtuais estão levando a uma diminuição na qualidade dos diálogos e na capacidade de empatia entre as pessoas. Em encontros sociais, observa-se uma tendência de desconexão: muitos participantes preferem interagir com seus smartphones a manter conversas significativas. Essa dinâmica tem provocado uma transformação nos comportamentos, onde a comunicação direta e o sentimento de presença física se tornam cada vez mais raros.

Especialistas em comportamento humano têm alertado para os riscos dessa tendência. De acordo com a Profª Laura Martins, psicóloga e pesquisadora do Instituto de Comportamento Humano, “o uso excessivo de redes sociais e a busca por gratificação instantânea podem levar a um estado de isolamento emocional, diminuindo a capacidade de conexão real com o outro.” Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que a prevalência de sintomas relacionados à solidão e ansiedade aumentou em 30% nos últimos cinco anos. Essa mudança no perfil das interações evidencia que a tecnologia, embora facilite a comunicação, também impõe barreiras para relações profundas e significativas.

A transformação na forma de se comunicar extrapola o âmbito pessoal e afeta o tecido social. A fragmentação da atenção não só diminui a qualidade dos relacionamentos, mas também interfere na transmissão de valores culturais e na manutenção de tradições de convivência. Esse cenário exige uma reflexão profunda sobre o equilíbrio entre a adoção de novas tecnologias e a preservação do contato humano. Em termos práticos, a sociedade se vê diante de um dilema onde o avanço tecnológico e a necessidade de conexão emocional precisam caminhar lado a lado para evitar um colapso nas relações interpessoais.

 

Caminhos para Recuperar o Foco e Reconstruir Relações

Diante desse panorama, surge a necessidade de buscar estratégias para recuperar o foco e restabelecer relações interpessoais saudáveis. Um dos primeiros passos é a conscientização sobre os riscos da hiperconectividade e a adoção de práticas que promovam um uso mais consciente da tecnologia. Técnicas de mindfulness, pausas programadas e a criação de ambientes livres de distrações têm se mostrado eficazes na melhoria da atenção. “A prática regular de meditação pode reconfigurar a maneira como o cérebro reage ao excesso de estímulos, promovendo maior clareza e foco,” comenta o Dr. Ricardo Souza, neurologista do Hospital das Clínicas.

Além disso, iniciativas educacionais e programas de capacitação voltados para o uso saudável da tecnologia são essenciais para transformar hábitos. Famílias,escolas e empresas podem desempenhar um papel crucial ao promover momentos de desconexão digital e incentivar interações presenciais genuínas. Dados do Instituto de Pesquisa Digital apontam que a implementação de períodos de “detox” digital pode reduzir a sensação de estresse e ansiedade em até 40%. Essa mudança de comportamento pode aumentar não só a produtividade, mas também a qualidade das relações interpessoais, reforçando a importância de um equilíbrio saudável entre o digital e o real.

O resgate do foco é, assim, uma jornada de autoconhecimento e reequilíbrio.Ao redescobrir a capacidade de se concentrar e a importância do contato humano, a sociedade poderá enfrentar os desafios impostos pela era digital. Essa trajetória demanda esforços individuais e coletivos, mas é fundamental para a construção de um futuro onde a tecnologia seja aliada e não inimiga do bem-estar coletivo. Em última análise, a retomada do controle sobre o próprio tempo e a restauração de relações autênticas representam um passo decisivo para o fortalecimento do tecido social.

 

Reflexões Finais e Desafios Futuros

Ao final desta investigação, torna-se evidente que a era da distração impõe desafios significativos à forma como vivenciamos o mundo. A constante exposição a dispositivos digitais tem fragmentado a atenção e afetado as relações interpessoais, exigindo uma revisão urgente de nossos hábitos. É imprescindível que o equilíbrio entre o uso da tecnologia e a preservação do contato humano seja buscado ativamente por indivíduos, instituições e governos. O futuro dependerá da capacidade de resgatar o foco e de construir um ambiente onde a conectividade promova, efetivamente, a colaboração e o bem-estar coletivo.

Essa reflexão serve como um convite para a mudança de postura diante da tecnologia. Ao adotarmos práticas mais conscientes e incentivarmos momentos de desconexão, podemos transformar a crise da atenção em uma oportunidade para o renascimento das relações sociais. Convido o leitor a ponderar sobre o uso que faz das tecnologias no dia a dia e a buscar, cada vez mais, um equilíbrio entre o digital e o real. Essa é a chave para transformar desafios em oportunidades e construir uma sociedade mais atenta e conectada, de maneira autêntica.

 

Por THE BARD NEWS, REDAÇÃO

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A Ética na Era da Inteligência Artificial https://thebardnews.com/a-etica-na-era-da-inteligencia-artificial/ https://thebardnews.com/a-etica-na-era-da-inteligencia-artificial/#respond Tue, 06 May 2025 18:01:06 +0000 https://thebardnews.com/?p=1874 IMAGEM GERADA POR IA “usando LEONARDO IA, sob a direção de J.B Wolf, Criada em 30/03/2025″   “Futuro Urbano: A

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IMAGEM GERADA POR IA “usando LEONARDO IA, sob a direção de J.B Wolf, Criada em 30/03/2025″

 

“Futuro Urbano: A Revolução da IA e Seus Desafios Éticos”

A revolução tecnológica imposta pela inteligência artificial (IA) está transformando profundamente a sociedade, desafiando alguns dos conceitos filosóficos mais fundamentais de moralidade e responsabilidade. À medida que as máquinas se tornam mais inteligentes e autônomas, somos forçados a reavaliar o que significa tomar decisões éticas e quem deve ser responsabilizado quando ocorrem falhas.

Nas últimas décadas, a IA passou de uma promessa futurista para uma realidade cotidiana. Sistemas de IA já nos auxiliam a escolher filmes, conduzem veículos e até mesmo tomam decisões médicas. No entanto, à medida que esses sistemas assumem papéis mais críticos, a questão ética sobre sua programação e os impactos de suas decisões se torna premente. Recentemente, o uso de algoritmos no sistema judicial norte-americano gerou debates intensos sobre preconceitos algorítmicos, demonstrando que a IA pode tanto perpetuar quanto amplificar injustiças humanas.

Um aspecto central da ética em IA é a questão da responsabilidade. Se um carro autônomo causar um acidente, quem é o responsável? O fabricante do carro, o programador do software ou o próprio veículo? Este dilema leva a uma reflexão sobre a natureza da agência moral e a necessidade de novas estruturas legais que possam lidar com essas eventualidades.

Segundo a Comissão Europeia, até 2025, prevê-se que regulamentações mais rígidas sejam implementadas para abordar esses e outros desafios éticos relacionados à tecnologia.

Outra vertente desse debate é o impacto da IA nas decisões humanas. Estamos cada vez mais delegando nossa autonomia a máquinas e algoritmos que podem não compartilhar ou entender nossos valores e preferências humanas. Um estudo de 2020 da Universidade de Oxford destacou que 61% dos entrevistados já basearam decisões cotidianas nas sugestões de IA, levantando preocupações sobre a diminuição da autonomia e do pensamento crítico.

A ética também se estende às escolhas dos dados usados para treinar sistemas de IA. Dados enviesados podem levar a decisões injustas, perpetuando inequidades sociais. A importância de transparência e explicabilidade nos mecanismos de IA nunca foi tão crucial. O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), por exemplo, está desenvolvendo padrões para garantir que as decisões da IA sejam compreensíveis e auditáveis.

Em meio a essas rápidas transformações, filósofos, cientistas e legisladores são desafiados a colaborar para formular diretrizes éticas que possam guiar o desenvolvimento e a implementação da IA. É vital assegurar que essas tecnologias sirvam para melhorar a sociedade, respeitando a dignidade humana e promovendo a justiça.

A ética na era da inteligência artificial não é apenas um campo de estudo acadêmico, mas uma necessidade urgente diante das rápidas inovações tecnológicas e das profundas implicações sociais. Enfrentar esses desafios requer responsabilidade coletiva e um compromisso com a justiça e a equidade para garantir que a tecnologia continue sendo uma força para o bem.

POR THE BARD NEWS, REDAÇÃO

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Bioética: O Futuro da Medicina e a Dignidade Humana https://thebardnews.com/bioetica-o-futuro-da-medicina-e-a-dignidade-humana/ https://thebardnews.com/bioetica-o-futuro-da-medicina-e-a-dignidade-humana/#respond Tue, 06 May 2025 02:30:12 +0000 https://thebardnews.com/?p=1865 Clayton Zocarato COLUNISTA Professor, graduação em Licenciatura em His- tória pelo Centro Universitário Central Paulista (2005) – Unicep – São

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Clayton Zocarato

COLUNISTA

Professor, graduação em Licenciatura em His- tória pelo Centro Universitário Central Paulista (2005) – Unicep – São Carlos – SP, graduação em Filosofia pelo Centro Universitário Clare- tiano (2016) – Ceuclar – Campus de São José do Rio Preto – SP. Formado Especialista em Medina y Arte com ênfase em Gilles Deleuze e Equizoanálise onde é também pesquisador do Centro de Medicina y Arte de Rosário – Argentina.

@clayton.zocarato

IMAGEM GERADA POR IA “usando LEONARDO IA, sob a direção de J.B Wolf, Criada em 30/03/2025″

 

Corpo, Doença e Sabedoria.

O que é a doença? A invasão de microrganismos, que podem ver a causar as piores dores e agonias, “para um corpo”, que seja substanciado como sendo criação divina?

Ou como diria Hipócrates, “é necessário à cura do corporal, para se ter uma boa alma”?

Estamos em uma época que precisamos nos curar, das feridas mais profundas, e que a vida em sociedade nos desafia a cada instante, para conservarmos a sobriedade.

Vivemos no período da “Pós – Verdade”, pouco se pode dizer da dogmatização de valores, que possam estar em com polifônicos eixos existenciais, que vão tecendo a mácula do homem escrever sua história eticamente, dentro de um cenário psicossocial, que se coloca como um anteparo, de propiciar para corpos carentes, algum sentido de prazer que faça buscar sua satisfação mental, como material, em desfrutar dos mais sádicos prazeres que possam existir, na construção de uma sociabilidade funesta de cura dos seus males comportamentais mais profundos.

Paracelso colocou que “o uso de ervas e raízes, poderiam trazer alguns alentos para as moléstias, que perturbam tanto o homem”, mas também não deixa elencar a vida vegetal, como também animal, em uma luta incessante de bem-estar do eixo “cartesiano corpo e mente”, estando com  um “leve,  como pesado” fardo da exploração da vida por outras formas de vida.

A Doença de lutar por fugir, da argúcia da miséria, pode vir a enraizar quinquilharias filosóficas, que entre no sentido “darwinista”, em que o mais “forte deve sobrevive”, estão aqueles e aquelas, que usam a máscara de uma fortaleza socioafetiva, mas que sofrem em silêncio com seus mais variados dilemas e problemas”?

Dentro de uma atomização das emoções, esta alojada, orgulhos e egoísmos, em não se realizar uma abjuração diante as nossas fraquezas mais elementares, do “noûs”, de práxis em lutar bravamente contra a contaminação do senso-comum, e também por uma obrigação de não se deixar levar por suplícios de uma “doença mental”, que venha limitar nossa intelectualidade, em sinistros pleitos de tecnicismos enfadonhos de conhecimento intelectual e moral,  não  realizando um sínodo corporal e mental, da tanatologia de respeito e afeto pelo “outro”.

Sim! A ignorância é umas doenças mentais, que gera ânsias, de um pragmatismo da pobreza intelectual venha a ser uma suntuosa disseminação que tudo tem  de ter o bel prazer do imediato.

Não basta construir o agora, na ágora, de que corpo e mente necessite ortodoxamente estarem sempre em uma mesma harmonia de situações psicológicas e sociais em uma mesma sintonia de situação existencial.

No teor da ação corporal e mental, se encontra cunhos para uma sabedoria, que produza a anáfase sentimental, que em meio à “liquidez de sinceridade e ideários profícuos”, como exala Zygmunt Bauman, se encontra um marco da existência, que possa tanto  encabeçar  o corporal como mental,  através da exploração de panaceias comportamentais que nossos semelhantes nos colocam, devendo exercitarmos uma prática de tolerância,  elaborando  uma arte e  ciência, que caminhem tanto entre a humanização em gerar uma empatia, que seja verdadeira, entrincheiradas em fazer, com que disparidades culturais, possam dialogarem  entre si, e assim dentro de matrizes biológicas, que vão tendo suas mutações assimetricamente maniqueístas ao longo da história, sendo possível em  projetar um cânone de tolerância perante as diferenças intelectuais e sociais entre povos e civilizações, que sejam eloquentes a receberem a denominação de “homo sapiens”.

Entre a integridade corporal e espiritual, está o analgésico antropológico, de que é necessário se tirar corpo e mente de sua comodidade, para que assim se aproximem de um respeitoso enfoque, que entre as mazelas de maldades que são construídas, em meios a potestades de preconceitos e discriminações, a valorização da razão, detém o caminho de uma sublevação diante uma apresentação vulgar do corpo, e que os prazeres carnais, possuem dizeres celestiais, que o homem se ajoelha sobre seu poder, e que diz querer o céu, mas adora “os quintos do infernos”, que um excelente “bacanal”, pode lhe proporcionar.

De fato, curamos mentes, e adoecemos o corpo, e destruímos a sabedoria, nos fazendo sapientes transmissores de pseudos informações acompanhado de falsas opiniões.

Por CLAYTON ZOCARATO

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