Educação – The Bard News https://thebardnews.com Jornal de Arte, Literatura e Cultura Sun, 04 May 2025 20:36:45 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.1 https://thebardnews.com/wp-content/uploads/2025/01/cropped-the-bard-000-3-32x32.png Educação – The Bard News https://thebardnews.com 32 32 A disciplina e a autoridade em sala de aula https://thebardnews.com/a-disciplina-e-a-autoridade-em-sala-de-aula/ https://thebardnews.com/a-disciplina-e-a-autoridade-em-sala-de-aula/#respond Sun, 04 May 2025 04:18:45 +0000 https://thebardnews.com/?p=1789 “A disciplina e a autoridade em sala de aula: práticas inovadoras que restauram o respeito e elevam os índices de

]]>
“A disciplina e a autoridade em sala de aula:

práticas inovadoras que restauram o respeito e elevam os índices de sucesso educacional,

transformando o futuro dos estudantes.”

 

EDUCAÇÃO & SOCIEDADE – A Força Transformadora da Disciplina e da Autoridade em Sala de Aula.

Como práticas equilibradas entre autoridade e diálogo promovem um ambiente escolar seguro e potencializam o sucesso educacional.

Ordem na Sala: A Transformação Silenciosa na Educação Brasileira

 

A educação no Brasil passa por momentos de grandes desafios. A indisciplina em crescimento, o desrespeito na sala de aula e o desinteresse de alunos afetam não só o aprendizado, mas também o bem-estar mental e o entusiasmo dos professores. Nesse contexto, uma abordagem inicialmente focada em disciplina estruturada e diálogo está surgindo como uma resposta eficaz a essa situação de crise de disciplina, trazendo uma nova luz de esperança para o mundo das escolas.

Pesquisa feita em 2023 por parte do Ministério da Educação mostra números animadores: instituições de ensino que sabem conciliar uma estratificação clara com empatia têm uma melhoria de 20% nos resultados acadêmicos e uma diminuição de 30% nos problemas de disciplina. Os números demonstram que ao combinar a autoridade e a empatia é possível criar uma educação humana e eficiente.

 

Novo Olhar Sobre a Disciplina

Por longa data, a disciplina foi concebida como sinônimo de punição e controle estrito. Tal concepção, embasada em práticas ultrapassadas, está sendo substituída por uma nova abordagem: a disciplina como fundamento do aprendizado, respeito mútuo e desenvolvimento pessoal.

“Disciplina também não é repressão; é organização generosa e que gera segurança e propícia ao aprendizado”, declara João A. de Souza, coordenador pedagógico do Instituto Federal de Educação do Rio de Janeiro.Segundo ele, a disciplina bem exercida não estrangula, mas deixa os alunos seguros para experimentar, errar e aprender.

Essa mudança de olhar torna a sala de aula em um espaço de desenvolvimento total. A estrutura não está presente para fixar fronteiras arbitradas, mas para dar passagem à criatividade, ao respeito mútuo e à convivência pacífica.

 

A Autoridade Consciente: Entre Firmeza e Empatia

No centro desse desenvolvimento está o modelo de autoridade consciente. Contrastando com o autoritarismo, em que há regras impostas sem espaço para a negociação, e a permissividade, em que não há limite algum, a autoridade consciente busca o médio-termo. A autoridade consciente define regras claras a partir de diálogo e empatia e respeito mútuo.

Maria Estela , psicopedagogada USP, explica : “A comunicação aberta constrói um ambiente de confiança. Nessa dinâmica, os desafios são enfrentados coletivamente, e os erros se tornam oportunidades de aprendizado.”Essa abordagem humaniza o papel do professor, criando uma conexão mais profunda com os alunos e promovendo um ambiente escolar acolhedor.

Os jovens de hoje, mais conectados e com expectativas diferentes, exigem essa nova postura dos educadores. O professor deixa de ser apenas uma figura de autoridade e passa a ser um mediador, equilibrando firmeza e sensibilidade para garantir que todos se sintam ouvidos e respeitados.

 

Resultados Que Transformam

Os benefícios desse enfoque são amplos e óbvios. Os dados obtidos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) registraram que 72% das escolas que já institucionalizaram programas de autorregulação relataram melhoria acentuada na performance acadêmica e relações interpessoais.

Nos espaços em que a autoridade de forma consciente é exercida, os alunos se sentem seguros, respeitados e valorizados. Essa segurança gera o seguinte círculo virtuoso: estudantes comprometidos trabalham mais arduamente, aprendem melhor e se conduzem de uma forma cooperativa.

 

O Desafio da Transformação

Embora os resultados sejam promissores, tornar a prática de disciplinas e diálogos uma cuidadosa medida de balança não é feito fácil. Professores têm de superar a oposição dos gestores, das famílias e também dos próprios alunos, os quais geralmente entendem mudanças como fraqueza.

Além disso, também há o desafio de formação docente. Mediar conflitos, ouvir ativamente e favorecer a autorregulação são competências que nem sempre são desenvolvidas na formação inicial dos professores. Investir na capacitação contínua e disponibilizar espaços para compartilhar experiências entre educadores são processos necessários à superação dessas barreiras.

Quando utilizadas de maneira persistente, essas práticas se estendem além das salas de aula e influenciam positivamente a relação escola-comunidade, fomentando uma cultura de colaboração e solidariedade.

 

O Papel dos Gestores Escolares

O papel dos gestores é essencial nesse processo de mudança. É de responsabilidade deles instituir políticas, estimular a formação dos professores e desenvolver o clima de trabalho adequado à inovação educacional.

Maria Clara Mendes, diretora de uma escola municipal em São Paulo, destaca: “Quando os gestores apoiam os professores e promovem uma cultura de diálogo, os resultados aparecem. O impacto é sentido por toda a comunidade escolar.”

Gestores comprometidos em trabalhar o desenvolvimento de suas equipes e com uma abordagem aberta à mudança são aqueles que ajudam a consolidar a autoridade consciente como uma prática diária e não uma norma ocasional.

 

Ética Como Base

Uma questão legítima ao implementar práticas de disciplina estruturada é assegurar que sejam utilizadas éticamente. O equilíbrio entre fronteiras e liberdade deve respeitar a individualidade dos estudantes, valorizando suas vozes dentro do processo educativo.

“A ética está no centro de tudo”, destaca João A. de Souza. Ele ressalta que a autoridade

eficaz não é imposição. “Ela é a criação de uma atmosfera em que são bem definidas as

expectativas e em que são instigados a cooperar e a se desenvolver todos.”

 

O Futuro da Educação Brasileira

Enquanto o debate sobre disciplina e autoridade avança, uma coisa é certa: a educação brasileira está transformando. Escolas integrando firmeza e empatia mostram que é possível projetar ambientes seguros, respeitosos e motivadores para o aprendizado.

Essa mudança não é uma tendência; é uma necessidade para abordar os desafios de uma realidade cada vez mais complexa. O futuro da educação precisa decorrer de acordo com a capacidade de conciliar tradição e inovação, autoridade e liberdade, disciplina e diálogo.

Acima de tudo, o ensino é um ato de esperança. É acreditar que com a aprendizagem certa se faz possível a criação de um futuro em que o respeito e o conhecimento andam de mãos dadas, formando não só bons alunos, mas cidadãos cientes e aptos aos desafios da vida.

EDITOR CHEFE

Por J.B WOLF

]]>
https://thebardnews.com/a-disciplina-e-a-autoridade-em-sala-de-aula/feed/ 0
A importância do educador-leitor na formação de leitores https://thebardnews.com/a-importancia-do-educador-leitor-na-formacao-de-leitores/ https://thebardnews.com/a-importancia-do-educador-leitor-na-formacao-de-leitores/#respond Sun, 04 May 2025 00:24:45 +0000 https://thebardnews.com/?p=1778 Cleaópatra Melo COLUNISTA Bacharel em Direito e Filosofia, Licenciada em Letras. Pós-Graduada em Direito Educacional, Autismo, ABA para TEA e

]]>

Cleaópatra Melo

COLUNISTA

Bacharel em Direito e Filosofia, Licenciada em Letras. Pós-Graduada em Direito Educacional, Autismo, ABA para TEA e Deficiência Intelectual, Teoria da Literatura e Produção Textual. Pós-Graduanda em Biblioterapia e Mediação da Leitura Literária. Professora de Literatura e Educador Leitor.

 

 

A importância do educador-leitor

na formação de leitores:

Profissional que amplia as possibilidades de leitura do mundo e de inserção cidadã.

“A leitura desordenada entorpece o espirito, não alimenta; torna-o pouco a pouco incapaz de reflexão e de concentração…” – A. D. Sertillanges.

Sertillanges é excelente ponto de partida para um trabalho sério no exercício de “apropriar-se e viver a leitura” e não somente cair na armadilha do habito mecânico.

Por vezes noto um certo fetiche no imaginário coletivo com relação ao habito da leitura, algo de charme intelectual e prova de inteligência, penso que isso é consequência de uma “propaganda enganosa” da tal “paixão pela leitura”. E como toda paixão, que é certa ausência de discernimento, perturba, lança confusas correntes e esgotam suas forças. É preciso ler inteligentemente e não apaixonadamente, assim ensina Sertillanges.

Diante dessa necessária preparação para a boa leitura; o que vem a ser o educador-leitor e qual sua importância?

O “educador-leitor”refere-se a um professor ou educador que valoriza e pratica a leitura,tanto pessoalmente quanto ferramenta de ensino, pois ao demonstrar o prazer de ler, inspira seus alunos a também se tornarem leitores, reconhece a importância da leitura na formação e desenvolvimento dos alunos,utilizando-a para incentivar o aprendizado, promover a reflexão critica e ampliar o repertorio cultural. Portanto, vai além da ideia tradicional de professor que ensina a ler. Trata-se de um profissional que compreende a leitura como prática social e que atua como mediador entre o texto e o sujeito leitor, promovendo experiências significativas de leitura que favorecem a construção de sentidos, o pensamento crítico e a autonomia do indivíduo; valorizando a leitura em diferentes dimensões – estética, critica, funcional – que contribui para a formação de leitores mais competentes, reflexivos e engajados. Ele é essencial na formação de sujeitos leitores, capazes de dialogar com o mundo por meio da leitura, de interpretar diferentes discursos e de tomar decisões conscientes. Seu trabalho é, nesse sentido, uma ferramenta transformadora dentro da sociedade.

Para ser um educador-leitor se faz necessário praticar a leitura regularmente, criar ambientes de leitura, utilizar a leitura em suas aulas, estimular o debate, conversar com os alunos sobre seus livros favoritos e as experiencias que a leitura proporcionou.

Quando um professor é um leitor e escritor ativo, ele traz uma abordagem viva e crítica da linguagem, sendo capaz de desmascarar ideologias e engajar os alunos em discussões sobre temas relevantes.

Enfim, o educador-leitor é de grande importância na formação de leitores, pois atua como mediador, incentivador e modelo de leitor para aqueles que almejam ler com melhor interpretação e compreensão.

Através de práticas significativas, esse profissional promove o diálogo com os textos, com a realidade e com os desafios sociais que se apresentam no cotidiano.

Por que formar leitores?

Porque é através da leitura que exercitamos nossa capacidade de compreender diferentes realidades, crenças, opiniões e pessoas com desejos diferentes dos nossos. Logo, formar leitores é crucial para o desenvolvimento pessoal, social e cultural, pois a leitura estimula o raciocínio, amplia o vocabulário, aprimora a capacidade interpretativa e proporciona um conhecimento amplo e diversificado. Além disso, a leitura contribui para o desenvolvimento da criatividade, da imaginação, da comunicação, do pensamento crítico e da habilidade na escrita.

Isso inclui ler com crianças, incentivar a leitura em casa e na escola, proporcionar acesso a livros variados e diferentes tipos de texto, e criar espaços para discussão e reflexão sobre o que foi lido.

No lar os pais podem fazer da leitura um momento de conexão com os filhos, ler para as crianças mesmo antes de saberem ler, oferecer livros que correspondem a faixa etária, ter um cantinho da leitura em casa, criar um clube da leitura das crianças com os avos – esse ato para com o idoso da família é uma forma de ajudar a manter a sua saúde mental – ser exemplo de leitor aos seus filhos. Pais que leem são mais propensos a criar filhos leitores.

Na escola é fundamental ter uma biblioteca com livros que atendem diferentes interesses e níveis de leitura dos alunos; criar atividades de leitura – leitura em voz alta é maravilhoso – relacionar a leitura com outras áreas, utilizar diferentes formatos de leitura, incentivar a escrita criativa.

A formação de leitores traz grandes benefícios: o desenvolvimento cognitivo, ampliação do conhecimento, desenvolvimento da linguagem, desenvolvimento emocional e social, bem-estar mental, despertar da curiosidade, desenvolvimento da capacidade crítica e aprimoramento da escrita.

A leitura é uma ferramenta para compreender o mundo, analisar problemas e tomar decisões mais conscientes e responsáveis.

Por CLEÓPATRA MELO

]]>
https://thebardnews.com/a-importancia-do-educador-leitor-na-formacao-de-leitores/feed/ 0